14.5.07

teus olhos impacientes e irrealizáveis...

claude monet
(...)
já não conheço o caminho para o tempo antigo. abro as mãos e as palavras revelam-me mortíferos mistérios.
Saskia e as memórias. deixou-as cair no regaço e olhou a tela. suavemente, os versos formaram-se nos lábios vazios: pela neve sem rasto/caminhou/aquele que busca um amor. o poeta, preenchendo a incerteza dos passos.



(título e excerto, José Tolentino Mendonça)