14.2.07

a dança II



Sorrow sabia que nenhum outro corpo que não o seu podia aquela tela trazer-lhe diante dos olhos. Ali estivera um dia Saskia, naquela mesma posição, hirta mas balanceada como quem sabe que só amparando a mão na mão amante se pode dar às entregas e por fim sossegar o corpo. Ali estivera, num dia muito antigo, muito distante; ali estivera naquela mesma tarde, a seu lado, sem que o soubessem ambos. Saskia fechava-se-lhe nos olhos e Sorrow voltava a casa, recolhendo da imagem habitada o alimento da sua paixão.

3 comentários:

Alphynho disse...

Nuna convem alimentar a paixao. Nunca ouviste fawar dos probwemas da obesidade infantil? lol

Alphynho disse...

CorreSSao: a primeira pawavra do meu comentario anterior quer dizer: "nunCa"
Obrigado pewa compreenÇão

Anónimo disse...

Saskia e Sorrow, vida fora nesse litoral resíduo da canção, do lado onde os corpos de dançam, se dizem de um nome, se oferecem. E a canção, sempre a canção, como se nada mais os soubesse. Nem mesmo o mundo, o inteiro mundo que ambos aprendiam desde esse primeiro dia em que nos olhos de um os do outro.