Erase all the memories
Saskia partira sabendo Sorrow desabitando a visão da charneca sangrenta. Caminhava para norte – o voo de aves azulíneas dissera-lhe da cidade branca onde começavam os grandes frios, onde espadas feitas neve apaziguavam a mancha vermelha das casas – nos olhos guardara as margens amanhecidas de flores lilases colhidas em tempo longo, flores raras nas mãos de Sorrow. Foi tempo de morrer, dissera-lhe o último companheiro de Sorrow e Saskia partira, na memória sons incendiados do tropel de cavalos rasgando o horizonte.
Lembrava-se bem desse tempo. caminhara como se os passos conseguissem habitar a ausência mas todos os caminhos se fechavam nesse frio imenso onde repousara a inocência. Sabia que não poderia regressar ainda que os ventos lhe trouxessem rumores dos lugares abandonados e da beleza dos campos de trigo.
Pousado o livro na desabrigada recordação dessa tarde, Saskia lia. Mas Saskia não lia, os signos fechavam-se aos seus olhos, os dedos teciam vozes soltas sobre as páginas brancas E a neve tomando conta de tudo...
5 comentários:
(e Saskia em um outro lado do mundo...)
("... they only bring us pain...and I' ve seen all I'll ever need...")
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