a dança
Saskia saboreava a trégua, o corpo na curvatura do traço, os passos amarrotados. Sentia a levíssima melancolia do outro lado da tela como se a dança, gritada no silêncio, lhe trouxesse o nome de Sorrow. Olhos semi-cerrados, reinventava imagens nas mãos nuas, reinventava-as até lhe sangrarem os dedos. E no interior das imagens, a música - antiquíssima melodia - na leveza dos gestos: don’t fool yourself / life is too good to last. Só assim, perdurava em Saskia, o perfil ausente de Sorrow.
foto de katia chausheva
1 comentário:
Olá Saskia,
Bem vinda!
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